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(Leia Falar em Línguas Parte 1 Primeiro)

Falar em Línguas Parte 2 - Pontos de Vista Cristãos

Falar em Línguas: Instruções de Paulo à Igreja
O Apóstolo Paulo discute este assunto de falar em línguas em 1 Coríntios 14. Na igreja em Corinto, falar em línguas estava começando a ser um problema de falta de ordem. Muitos crentes falavam em línguas livremente durante o louvor da congregação, mas uma vez que ninguém entendia o que estava sendo dito, as pessoas podiam ser induzidas em erro (v. 23). No capítulo 14, Paulo ensina à igreja de Corinto qual o uso adequado das línguas. Apesar de muitos professores cristãos discordarem da interpretação adequada desta passagem, há muitos pontos que Paulo estabelece em relação às línguas que são muito claros:

• Falar em línguas é um legítimo dom do Espírito Santo e pode ser uma comunicação particular com Deus (v.2).
• Falar em línguas é edificante para a vida privada de um crente (v. 4).
• Falar em línguas publicamente não pode ser feito por mais do que duas ou três pessoas ao mesmo tempo, e deve haver um intérprete das línguas para a edificação de outras pessoas (vs. 27-28).
• Pessoas competentes e perspicazes devem pesar a validade do que é dito (v. 29).
• Orar em línguas deve pressupor uma oração com a mente (vs. 14-15).
• Falar em línguas pode ser uma pedra de tropeço para os descrentes se for feito de forma descuidada (v. 23).

Falar em Línguas: Perspectivas Cristãs
O assunto de falar em línguas tem vindo a ser muito debatido na comunidade cristã. Fontes não carismáticas credíveis defendem que este dom espiritual deixou de existir após a era apostólica. Acreditam que falar em línguas serve sobretudo como um sinal para os descrentes e para edificar os crentes no começo da igreja. Baseiam-se em Hebreus 2:1-4, na qual o autor conjuga o verbo no passado quando diz que Deus confirmou a igreja da era apostólica com sinais e maravilhas e dons. Uma vez que agora temos a Bíblia como revelação e orientação de Deus, o dom de falar em línguas já não é necessário. Além disso, os historiadores da igreja não encontraram provas de falar em línguas nos escritos dos Pais da Igreja (teólogos influentes, professores distintos e grandes bispos dos primeiros tempos da igreja)¹ durante o II século. Contudo, muitos admitem que a Bíblia nunca declara explicitamente que falar em línguas acabaria após a era apostólica.

O movimento pentecostal do último século foi marcado atualmente pelo ressurgimento das línguas. Muitos desses cristãos carismáticos credíveis acreditam que está havendo um grande reavivamento nas igrejas, em parte porque o Espírito Santo está se revelando e abençoando crentes com o dom das línguas. Encorajam cristãos a buscar este dom como um recurso para oração e louvor. Alguns grupos mais extremistas acreditam que falar em línguas é uma demonstração necessária para provar a salvação de alguém, mas a maioria dos cristãos contesta esta perspectiva e não encontra nenhuma evidência bíblica que a suporte (ver 1 Coríntios 12:27-31).

Falar em Línguas: É Importante Para Mim?
Falar em línguas é um assunto espiritual que necessita de oração e discernimento, mas tenha em mente que falar em línguas não é necessário para obter a salvação, nem é um sinal de maturidade ou imaturidade espiritual. Em Atos, o importante não era que os crentes falassem em línguas, mas que o acontecimento manifestasse a vinda do Espírito Santo a cada crente. O Espírito Santo habita em cada um de nós para nos guiar, repreender e consolar na nossa caminhada cristã. Em última análise, o que realmente importa é que tenhamos recebido o Espírito Santo no nosso coração ao dedicarmos a nossa vida ao senhorio de Jesus Cristo.

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